sexta-feira, 10 de maio de 2013

O Escafandro e a Borboleta

eu que não me chamo Raimundo
não me chamo Carlos
e não rimo com o mundo
eu que sou quase ninguém
mas também não sou João
não repito o não
que vem da multidão
eu que sempre penso
em como tudo pode ser
eu o homem denso
o homem dança
sem nem ver
eu tenho um nome estranho
e me emaranho em questões
eu
o que sou eu
o que me deu
de ser quem sou
que eu nem sei
me sinto bem
me sinto meu
ó meu amor eu sou alguém
aos trinta e três
é esta a vez
de estar enfim entre as estrelas
estremecendo ao te olhar
eu estrangeiro e sempre Sandro
em outra terra ao teu lado
trilhando outros meandros
vou dançando atrapalhado
destravo o escafandro
e subo enfim
à superfície de mim

Um comentário:

  1. Belo poema, convido para visitar o site/blog da Sociedade dos Poetas Vivos de Olinda - www.sociedadedospoetasvivosdeolinda.blogspot.com

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